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Cravinhos: uma cidade em pleno desenvolvimento

Das terras desgastadas do Rio de Janeiro, por volta de 1876, onde a produção de café já não alcançava a produtividade esperada, vieram os cafeicultores que acabaram favorecendo o surgimento da cidade de Cravinhos. O médico e cafeicultor Luiz Pereira Barreto foi um dos que ouviram falar das terras na região de Ribeirão Preto e, chegou onde hoje fica Cravinhos.

Maravilhado com a qualidade da terra e com o clima, nem cogitou se instalar em Ribeirão Preto, distante cerca de 20 quilômetros. A cidade até hoje tem na produção agrícola um dos pilares do seu desenvolvimento. Com o declínio do café outras culturas foram aparecendo, como a cana-de-açúcar, que segundo o prefeito José Carlos Carrascosa representa o ouro brasileiro na época do Brasil colônia que era extraído e enviado para Portugal, numa referência à ausência de uma usina de açúcar na cidade, que hoje é apenas fornecedora de matéria-prima.

Apesar de não possuir nenhuma usina de açúcar e álcool, Cravinhos tem indústrias importantes instaladas na cidade devido à privilegiada localização à beira da Rodovia Anhanguera. Entre as maiores indústrias estão: a Cicopal, que fabrica móveis para escritório; a Paletrans, uma grande produtora de pallets; a Grupione, que produz máquinas para a indústria de concreto; a Dow AgroSciences, empresa do setor de insumos do agronegócio; a Renk Zanini, uma grande fornecedora de equipamentos pesados para a agroindústria canavieira e uma empresa inovadora e vitoriosa no setor pecuário, a Vitrogen, uma das pioneiras em associar as tecnologias de aspiração folicular e fecundação in vitro.

A proximidade com Ribeirão Preto não favoreceu o fortalecimento do comércio local. Existem dois grandes shoppings centers a menos de 15 quilômetros, em compensação a população consegue morar numa cidade pequena e pacata e trabalhar num grande centro como Ribeirão. A taxa de crescimento populacional de Cravinhos é de 4,5% contra uma média de 1,8% das grandes cidades. Os jovens mais carentes de Cravinhos não estão esquecidos. Dois programas diferentes oferecerem boas oportunidades. O projeto SARA, Serviço de Aprendizagem Rural ao Adolescente, era no início destinado aos adolescentes arrimos de família e que não poderiam mais trabalhar devido ao Estatuto do Menor e do Adolescente.

Hoje são cerca de 400 jovens que têm atividades culturais e educacionais e cerca de 80 que recebem uma bolsa-auxílio e aprendem a cultivar hortaliças e produzir essências naturais. Um preparo para o exercício pleno da cidadania. O outro programa é o da Fundação Primeiro Mundo, uma idéia de Luiz de Lacerda Biagi, para promover uma maior qualificação dos futuros profissionais do mercado de trabalho brasileiro, investindo em talentos que tenham aptidões, criatividade e capacidade de realização. O Programa não fica restrito à cidade, mas apóia jovens talentos de toda a região, seja no curso de balé, no ensino de primeiro grau, na faculdade, ou no MBA. O lema da fundação é “Uma pessoa faz a diferença” e faz mesmo! Nos últimos 11 anos 400 pessoas puderam usufruir desta oportunidade.

Dados

  • Cana-de-açúcar - 1 milhão 400 mil ton.
  • Amendoim - 180 mil sacas
  • Milho - 64 mil sacas
  • Soja - 32 mil sacas
  • Café: 6 mil sacas

Dezembro/2002

ABAG/RP