Este conteúdo foi gentilmente cedido pela associada A.B.E.L.H.A.
Apresentar o que é a polinização e sua importância para o meio ambiente e agricultura.
Apresentar dados sobre a contribuição da polinização realizada por animais para a produção agrícola.
Ampliar o conhecimento sobre a importância das abelhas para a produção de alimentos.
Apresentar os principais fatores envolvidos na diminuição das populações de abelhas e outros polinizadores.
Imagem: honeyflow.com
Polinização é a transferência do pólen contido na antera (estrutura masculina) para o estigma (estrutura feminina) da flor. Dessa forma, o gameta masculino contido no pólen alcança o gameta feminino (óvulo) e o fecunda. A fecundação permite a formação de frutos e sementes que darão origem a novas plantas, garantindo a manutenção de suas populações que sustentam a biodiversidade.
A polinização pode ser de dois tipos, autopolinização ou polinização cruzada. Na autopolinização, uma flor recebe seu próprio pólen ou pólen de outras flores do mesmo indivíduo. Já a polinização cruzada ocorre quando uma flor recebe pólen de flores de outros indivíduos da mesma espécie de planta. Experiências mostram que plantas autopolinizadas frequentemente produzem poucos frutos, frutos menores ou deformados.
A polinização pode ser realizada pelo vento (como em pinheiros, milho, trigo, arroz), pela água (como em algumas plantas aquáticas), pela gravidade, ou por animais, como as abelhas, moscas, besouros, borboletas, beija-flores, morcegos, lagartos, entre outros, chamados de agentes polinizadores. No mundo, aproximadamente 90% das plantas com flores é polinizada por animais e depende destes para sua reprodução, chegando a 94% das plantas nas comunidades tropicais.
Mesmo com a riqueza de agentes polinizadores, as abelhas são as mais eficientes, pois a grande maioria alimenta-se exclusivamente de recursos florais. Além de servirem como fonte de alimento (pólen, néctar e óleo), os recursos florais são utilizados pelas abelhas como componentes das células de cria (óleo, resina), na construção dos ninhos (resina) e no comportamento reprodutivo para a atração de fêmeas (perfume). É válido ressaltar que a polinização das flores pelas abelhas não é programada, mas acidental.
Outra característica que torna as abelhas eficientes polinizadores é a presença de pêlos plumosos que cobrem o corpo. Ao visitarem as flores, os grãos de pólen ficam aderidos aos pêlos e, ao pousarem em outra flor de um indivíduo da mesma espécie de planta, o pólen pode ser depositado no estigma de acordo com o comportamento da abelha na flor, completando a polinização.
No Brasil, o número de espécies de plantas polinizadas por abelhas pode variar de 49% a 89%, dependendo da formação vegetal considerada, a exemplo de Cerrado, formações semiáridas, campestres e litorâneas.
A polinização é um serviço ambiental que permite a manutenção da biodiversidade ao participar do processo de reprodução das plantas com flores. Avaliações atuais evidenciam inúmeros benefícios que os polinizadores animais promovem aos seres humanos, incluindo a participação na melhora da produção e qualidade de frutos e sementes consumidos na dieta humana por realizarem a polinização cruzada. Assim, a conservação dos polinizadores se faz necessária para garantir o aumento sustentável da produtividade agrícola e o fornecimento seguro e diversificado de frutos e sementes para uma dieta balanceada, pois cultivos dependentes de polinizadores animais são as principais fontes de muitos micronutrientes, como as vitaminas A e C.
Globalmente, cerca de 75% dos cultivos agrícolas dependem ou são beneficiados pela polinização realizada pelas abelhas e outros animais. Estima-se que 5-8% da produção agrícola global é atribuída aos serviços de polinização animal, com um valor anual de US$ 235-US$ 577 bilhões. Esses valores referem-se ao montante que os agricultores teriam de gastar caso não houvesse polinizadores animais.
No Brasil, mais de 60% das plantas cultivadas para uso na alimentação humana, produção animal, biodiesel e fibras, apresentam algum grau de dependência por polinização animal. Levando-se em conta a produção agrícola brasileira de 2012, foi calculado que a polinização animal contribui com um valor anual de US$ 12 bilhões.
Polinização no cafeeiro. Imagem: CECAFÉ
O mesmo cálculo foi realizado para a produção agrícola de 2018, pelo “Relatório Temático sobre Polinização, Polinizadores e Produção de Alimentos no Brasil'', que estimou um valor em torno de R$ 43 bilhões anuais. Quatro cultivos representaram 81% desta quantia: soja (60%), café (12%), laranja (5%) e maçã (4%). O valor econômico da polinização animal é calculado com base na multiplicação da taxa de dependência de cada cultivo pelo seu valor da produção anual.
Vale destacar que esses valores são subestimados, pois, para muitas culturas agrícolas, não temos informações científicas sobre a taxa de dependência de polinizadores. Assim, é urgente que haja investimento em pesquisa básica e aplicada na área da biologia da polinização, para poder valorar corretamente o serviço de polinização agrícola.
A dependência de polinização cruzada promovida pelas abelhas e outros animais varia entre os cultivos agrícolas e, inclusive, de uma variedade para outra da mesma cultura. Há culturas que são essencialmente dependentes de polinização cruzada e frutificam somente quando visitadas por polinizadores. É o caso da acerola, maracujá, melancia, melão, açaí e castanha-do-Brasil.
E há culturas que são beneficiadas de diferentes maneiras pela polinização animal, a exemplo do feijão, pimentão, café, morango e laranja, entre outras. Essas culturas produzem frutos e sementes pela polinização realizada pelo vento ou por autopolinização, no entanto, esse processo não é capaz de assegurar o potencial máximo produtivo das plantas. No café, por exemplo, a polinização realizada pelas abelhas pode elevar a produção em até 30%. Na laranja, um exemplo de variedade que se beneficia da polinização cruzada é a Pera Rio, cuja produção de frutos aumenta em 35% quando suas flores são visitadas por polinizadores, além de serem mais pesados e mais doces. No morango, a polinização das flores por uma diversidade de abelhas resulta em uma distribuição uniforme do pólen, produzindo frutos bem formados e mais pesados.
Também existem cultivos que não dependem e não são beneficiados pela polinização animal, como abacaxi e banana, por exemplo. Outros são exclusivamente polinizados pelo vento, como o milho, trigo e arroz.
A conclusão é que as abelhas e a agricultura tem um caráter complementar, com benefícios para todos os envolvidos. Assim, a conservação das abelhas e outros polinizadores é necessária para garantir o aumento sustentável da produtividade agrícola e o fornecimento seguro e diversificado de frutos e sementes para uma dieta balanceada.
Em muitas situações, a polinização oferecida pela natureza não basta para obter boa produção agrícola, a exemplo de áreas extensas de cultivos, distantes de vegetação nativa ou em áreas cultivadas com paisagem nativa muito deteriorada. Neste cenário, a aquisição de ninhos de abelhas para introduzir nas plantações durante a floração é uma solução viável para mitigar o déficit de polinização.
A espécie de abelha mais utilizada para serviços de polinização comercial é a Apis mellifera, que no Brasil pode ser usada para melhorar a produção de no mínimo 19 cultivos agrícolas. Assim, os apicultores podem gerar renda alugando suas colmeias para os agricultores.
Apis mellifera na flor de laranjeira
Plantações de laranja, café, abacate e girassol, particularmente, são de especial interesse para os apicultores pois servem de pasto apícola para a produção de mel. Neste caso, os apicultores também ganham com a venda do mel, e os agricultores obtêm melhores rendimentos. No Estado de São Paulo, a cultura da laranja é uma das mais importantes para o setor apícola paulista, pois cerca de 80% do mel produzido no Estado vem de municípios que cultivam citros.
As abelhas solitárias, que somam grande parte das espécies de abelhas descritas, são polinizadores de plantas nativas e cultivadas, incluindo o maracujazeiro, polinizado pelas mamangavas-de-toco (Xylocopa spp.), e a aceroleira, polinizada pelas abelhas-de-óleo (Centris spp.). A castanheira-do-brasil, uma das árvores mais exuberantes da Floresta Amazônica, é polinizada principalmente por abelhas de grande porte dos gêneros Centris, Eulaema, Eufriesea, Epicharis e Xylocopa. Essas abelhas são capazes de voar longas distâncias e apresentam um comportamento adequado para entrarem na flor, coletar pólen e néctar e, assim, realizarem a polinização cruzada ao voarem de flor em flor.
Abelha da espécia Eulaema Bombiformes polinizando a flor de uma castanheira-do-brasil (Crédito: Marcelo Cavalcante)
O aumento da produção e a melhora da qualidade e aparência de frutos e sementes de cultivos agrícolas depende de um conjunto diverso de polinizadores, que se complementam na polinização.
Vários grupos de animais atuam como polinizadores de cultivos no Brasil, porém a maior parte é polinizada por abelhas. Em um artigo publicado em 2015 foram identificados os polinizadores de 75 culturas agrícolas brasileiras. Esses polinizadores estavam distribuídos em 250 espécies de animais, sendo que 87% eram abelhas. Alguns cultivos específicos, a exemplo do cacau e graviola, necessitam essencialmente de outros grupos de polinizadores para produzirem frutos e sementes – moscas e besouros, respectivamente.
Um estudo publicado em janeiro de 2020, verificou que, de 144 espécies de abelhas que atuam como polinizadores efetivos de cultivos agrícolas, 44% são sociais e 56%, solitárias. Dessas 144 espécies, o estudo selecionou 14 espécies essenciais, sendo seis sociais e oito solitárias.
A espécie de abelha mais manejada nos serviços de polinização comercial é a Apis mellifera, particularmente em duas culturas de grande expressão econômica: a maçã, nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e o melão, no Ceará e no Rio Grande do Norte. O aluguel de colmeias tem gerado bons negócios para os apicultores, que ganham de R$ 50,00 a R$ 80,00 mensais por colmeia, dependendo do cultivo.
Quatorze espécies de abelhas polinizadoras e os principais cultivos agrícolas que polinizam
Nome científico |
Nome popular |
Modo de vida |
Cultivos agrícolas que poliniza |
Apis mellifera |
abelha de mel, abelha melífera, africanizada |
social |
abacate, abóbora, açaí, acerola, amora, café, caju, canola, caqui, castanha-do-Brasil, cebola, coco, cupuaçu, gergelim, girassol, goiaba, guaraná, laranja, maçã, mamona, melancia, melão, morango, palmito, pêra, pêssego, pimentão, pitanga, soja, tangerina, umbu, urucum |
Bombus morio |
mamangava, mamangava-de-chão |
social |
abóbora, berinjela, feijão, girassol, goiaba, maracujá, tomate, urucum |
Bombus pauloensis |
mamangava, mamangava-de-chão |
social |
berinjela, cebola, feijão, maracujá, pêra, tomate |
Centris aenea |
abelha-de-óleo |
solitário |
acerola, goiaba, tomate, urucum |
Centris similis |
abelha-de-óleo |
solitário |
castanha-do-Brasil, maracujá, tomate |
Centris tarsata |
abelha-de-óleo |
solitário |
acerola, caju, goiaba, tomate |
Epicharis flava |
abelha-de-óleo |
solitário |
acerola, café, castanha-do-Brasil, goiaba, maracujá, tomate, urucum |
Eulaema nigrita |
abelha-das-orquídeas, mamangava |
solitário |
castanha-do-Brasil, feijão, goiaba, maracujá, tomate, urucum |
Exomalopsis auropilosa |
abelha-vibradora |
solitário |
goiaba, pimentão, tomate, urucum |
Melipona quadrifasciata |
mandaçaia |
social |
abóbora, acerola, café, goiaba, maçã, pimentão, tomate, urucum |
Oxaea flavescens |
- |
solitário |
abóbora, berinjela, girassol, goiaba, maracujá, tomate urucum |
Tetragonisca angustula |
jataí |
social |
abacate, café, cupuaçu, goiaba, laranja, melancia, morango, pimentão, tangerina, umbu, urucum |
Trigona spinipes |
abelha-cachorro, arapuá, irapuá |
social |
abacate, abóbora, acerola, café, coco, gergelim, girassol, goiaba, laranja, melancia, melão, pêra, pêssego, pimentão, tangerina, umbu, urucum |
Xylocopa frontalis |
carpinteira, mamangava, mamangava-de-toco, mangangá |
solitário |
abóbora, acerola, castanha-do-Brasil, cebola, feijão, goiaba, maracujá, tomate, umbu, urucum |
Baixe o pôster Abelhas e Produção de Alimentos no Brasil para ter acesso às mesmas informações da tabela de maneira ilustrada.
As abelhas têm importância fundamental para o meio ambiente e para a produção agrícola. Elas são as principais responsáveis pela polinização, um serviço ecossistêmico essencial para a reprodução e a manutenção da diversidade de espécies de plantas, além da produção de alimentos para humanos e outros animais.
Desta forma, conservar os polinizadores, sobretudo as abelhas, é urgente e necessário para ampliar e melhorar a qualidade da produção agrícola e promover a manutenção da biodiversidade do planeta.
Certamente você já ouviu ou leu por aí que as abelhas estão ameaçadas. Será? Quais os riscos que elas sofrem e o que pode ser feito para evitar que suas populações sejam impactadas?
Há uma preocupação mundial em torno da conservação das abelhas. O consenso até o momento é que há diversos fatores que colocam a vida delas em risco, como a redução dos habitat naturais, as doenças, as espécies invasoras, o uso incorreto de defensivos agrícolas e as mudanças climáticas. São os mesmos fatores que estão colocando toda a biodiversidade do planeta em risco.
Mudanças no uso da terra
A diminuição e/ou a alteração da cobertura quantitativa e qualitativa de vegetação natural, da biodiversidade, da ciclagem de nutrientes, da qualidade dos corpos d’água, da formação de solos, da decomposição de matéria orgânica, do controle biológico de pragas, da resistência a doenças e patógenos e dos serviços de polinização impactam diretamente, e de forma decisiva, a nossa segurança alimentar.
O desmatamento e a destruição de habitats naturais põem em risco a manutenção de recursos essenciais para a sobrevivência de polinizadores, em especial, as abelhas. Estes incluem locais adequados para fazerem seus ninhos (cavidades arbóreas, bambus, madeiras podres, substratos no solo), para obterem seus alimentos (flores que oferecem pólen e/ou néctar – fontes de proteínas, açúcares, vitaminas, minerais) e outros recursos necessários para sua sobrevivência (água, sombra, resina, fibras, óleo floral, barro).
Áreas naturais ou seminaturais dentro de paisagens agrícolas frequentemente oferecem tais recursos e são capazes de manter as populações de polinizadores. As extensas áreas com plantações não suportam comunidades mais ricas (com muitas espécies) e abundantes (com muitos indivíduos por espécie) de polinizadores, devido ao curto período de florescimento das culturas, o que resulta num curto período de disponibilidade de pólen e/ou néctar, ao baixo número de locais para formação de ninhos, à baixa riqueza de plantas que disponibilizam o pólen e/ou néctar e à aplicação de defensivos químicos.
Mudanças climáticas
Eventos extremos no clima do planeta afetam a todos, inclusive as abelhas. Imagine esse cenário: altas temperaturas + poucas chuvas = impacto na biodiversidade como um todo. O reflexo disso se dá também nas plantas, causando alteração no período de floração e, consequentemente, na oferta de alimento como pólen e néctar, e no comportamento dos insetos. Assim, os polinizadores se vêem pressionados a migrar para locais com clima mais ameno, o que já vem acontecendo, por exemplo, com as borboletas.
Doenças
Diversas são as doenças que afetam as colônias mundo afora, tanto as crias quanto as abelhas adultas. Elas são causadas por vírus, microrganismos (bactérias, fungos e protozoários) e animais, como ácaro e besouro. Sem controle das doenças, as colmeias podem sofrer perdas enormes em sua população e, casos graves de infestação podem dizimá-las. Por isso, os apicultores precisam saber reconhecer essas ameaças a tempo e evitar a propagação.
A apicultura migratória se trata de um método baseado no deslocamento de apiários para aproveitar grandes floradas em diferentes regiões. A migração de apiários segue um calendário de floradas bem estabelecido e requisitos para um transporte eficiente, que minimize a perda e o estresse de abelhas. Veja que nessa explicação o destaque é para duas palavras mágicas para o mundo das abelhas: transporte eficiente. Sim, porque a falta de cuidados no transporte das colônias trazem prejuízos às abelhas. Um dos possíveis impactos é a introdução de doenças em lugares onde não existiam. Outro problema é a perda de populações de abelhas até então isoladas, que estavam adaptadas às condições climáticas e ambientais de seus habitats naturais, e que podem desaparecer com a chegada de novas populações.
O transporte de colônias de abelhas sem ferrão é uma prática comum entre os meliponicultores e recomendada no caso de áreas desmatadas, que perderam suas populações naturais de abelhas. Já no caso de áreas preservadas, a recomendação é manter a dinâmica natural das populações de abelhas existentes ao não introduzir abelhas de outras regiões. Os pesquisadores alertam para a fragilidade da ação de transporte, um processo delicado que precisa ser regulamentado e controlado. Tal transporte de colônias pode ser permitido dentro da área de distribuição natural de uma espécie, desde que as colônias sejam saudáveis e as populações sejam previamente avaliadas.
Uso incorreto de defensivos
De maneira geral, defensivos agrícolas são produtos elaborados para a eliminação de insetos-praga, doenças e plantas daninhas que causam danos às lavouras. Os defensivos agrícolas inseticidas são produtos à base de substâncias químicas que controlam insetos (lagartas, percevejos, pulgões, entre outros), sendo assim podem causar algum impacto nas abelhas se as recomendações de uso correto não forem cumpridas, afinal as abelhas são insetos. Por essa razão, agricultores devem tomar precauções para que suas pulverizações não afetem as populações de abelhas do entorno das áreas de cultivo.
Para evitar impacto negativo em insetos não alvo da ação dos produtos químicos, existem normas e recomendações de aplicação que reduzem significativamente os riscos para as abelhas. É essencial seguir todas as recomendações presentes nos rótulos e bulas dos defensivos agrícolas.
Vale destacar também a necessidade de comunicação entre agricultores e apicultores para uma convivência harmônica, assim ambos podem explorar sua atividade econômica na mesma área sem interferência negativa.
Espécies exóticas invasoras
Insetos invasores ou exóticos (introduzidos em locais fora de sua área de ocorrência natural) podem causar uma série de impactos negativos sobre espécies nativas, tais como a predação, a competição por recursos alimentares, a interrupção dos serviços de polinização, ou ainda alterar a ciclagem de nutrientes.
Este tema tem sido abordado de modo crescente em estudos que enfocam populações e comunidades nativas, assim como seus impactos em níveis ecossistêmico, social e econômico.
A invasão biológica é um componente-chave para mudanças ambientais, reduzindo os serviços ecossistêmicos, restringindo a manutenção da diversidade biológica e levando à homogeneização da biodiversidade global.
Poluição
A poluição do ar interfere na capacidade que as abelhas e outros insetos têm para detectar os odores florais, pois reduz o alcance e o tempo de duração desses odores no ambiente. Os poluentes do ar interagem e quebram as moléculas odoríferas emitidas pelas flores, as quais os insetos usam para localizar o alimento, ou seja, o pólen e o néctar. Isso significa que, sob poluição intensa, as abelhas podem demorar mais tempo para encontrar as flores. No entanto, ainda são necessários mais estudos sobre os efeitos da poluição atmosférica nas populações de polinizadores, tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo.
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