Outra importante contribuição aconteceu nos anos 1990, com o desenvolvimento de novas tecnologias de produção focadas na integração de sistemas. O objetivo era a verticalização da produção e a conservação dos recursos naturais. Surgiu a iLP, Integração Lavoura Pecuária, com a rotação de lavouras e de pastagens. Esse sistema permitiu realizar duas safras na mesma área, a de grãos e a pecuária. Na década de 2000 surgiu o iLPF, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta.
Um sistema mais complexo em termos de arranjos temporais e espaciais, mas que permite que dois dos três processos aconteçam ao mesmo tempo (LP, LF, PF). O conceito de Carne Carbono Neutro, criado nos anos 2000, tem como premissas os sistemas: iLP e iLPF. A ideia é que o balanço de carbono seja neutro, ou seja, fazer com que o carbono contido nas emissões de metano dos animais manejados nessas áreas, seja menor ou igual ao sequestro de carbono das culturas ali plantadas.
Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura
Fonte: Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.
O Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura, Plano ABC, é um dos planos setoriais elaborados de acordo com o artigo 3° do Decreto n° 7.390/2010. Tem por finalidade a organização e o planejamento das ações a serem realizadas para a adoção das tecnologias de produção sustentáveis, selecionadas com o objetivo de responder aos compromissos assumidos pelo país de redução de emissão de GEE no setor agropecuário.
A abrangência do Plano ABC é nacional e seu período de vigência é de 2010 a 2020, sendo previstas revisões e atualizações em períodos regulares não superiores a dois anos, para readequá-lo às demandas da sociedade, às novas tecnologias e à incorporação de novas ações e metas, caso necessário.
*Mais informações http://www.agricultura.gov.br/assuntos/sustentabilidade/plano-abc/plano-abc-agricultura-de-baixa-emissao-de-carbono