A busca por respostas para avaliar os impactos do então projeto de lei do Novo Código Florestal, nos idos de 2003, fizeram com que a ABAG/RP buscasse parceria com a Embrapa Monitoramento por Satélite e a Fapesp. A ideia foi a elaboração de um Sistema de Gestão Territorial da Região NE do estado, baseado no monitoramento da dinâmica espaço-temporal do uso e cobertura das terras num espaço de 15 anos, 1988-2003.
O Sistema de Gestão Territorial permitiu avaliar os efeitos das políticas públicas e os impactos ambientais, sociais e econômicos das atividades agropecuárias na região, uma área de 51.650 km² que abrange 125 municípios.
O estudo foi publicado em 2005 e serviu como base de argumentação científica para substanciar as discussões legislativas em curso. Foram inúmeras reuniões por todo o país, incluindo a tramitação política, em Brasília. A Frente Parlamentar da Agricultura se dispôs a discutir o aprimoramento da legislação ambiental, que contava com mais de 16 mil normas, impossíveis de serem cumpridas. http://www.abagrp.cnpm.embrapa.br/index.htm.
No ano de 2009 o setor privado, capitaneado pela ABAG/RP, entregou uma proposta de alteração legislativa ao então Presidente da FPA, Deputado Federal Valdir Colatto, de Santa Catarina. No mesmo ano foi criada a Comissão Especial - Código Florestal Brasileiro, e o relator escolhido foi o Deputado Federal Aldo Rebelo, que realizou mais de 200 audiências públicas em todas as regiões do Brasil, para colher sugestões sobre as necessidades de mudanças.
Devido ao forte envolvimento da ABAG/RP, Ribeirão Preto foi uma das duas cidades paulistas escolhidas para sediar audiências públicas. Realizada no dia 3 de fevereiro de 2010, reuniu mais de duas mil pessoas, favoráveis e contrárias às mudanças na Política Nacional de Meio Ambiente, de 1981, e no Código Florestal, de 1965. Ao final do evento foi entregue à Comissão o MANIFESTO DE RIBEIRÃO PRETO E REGIÃO EM DEFESA DO MEIO AMBIENTE E APOIO À MODIFICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL, assinado pelas principais entidades do agronegócio regional e nacional. Na ocasião teve início a mobilização pelo grande encontro de Brasília, em favor das mudanças na legislação ambiental brasileira, que lotou a Esplanada dos Ministérios pouco tempo depois.