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Trabiju: pequena e pujante

Existe uma controvérsia quanto à origem do nome da cidade. O próprio livro oficial do Estado de São Paulo sobre o assunto aponta tanto a origem indígena quanto a francesa. Em Tupi significaria “rio das baratas”, não se sabe por que. Os moradores da cidade preferem a outra versão: a esposa de um engenheiro Francês que trabalhava na construção da ferrovia encantada com a beleza do lugar e exclamou “très bijoux”. O fato é que Trabiju nasceu em função da Estrada de Ferro Douradense. A construção da estação naquele local era estratégica para o transporte de café. Em 1900 a estação foi inaugurada e vila começou a florescer.

Emancipada em 1997 a cidade está no quarto mandato executivo e seu crescimento, estrutural, aconteceu a olhos vistos. Trabiju é a menor cidade da área de atuação da ABAG/RP. Tem 1.519 habitantes, segundo estimativa do IBGE, divulgada em 2009. Sua área de cerca de 6.400 hectares e uma infra–estrutura de dar inveja aos municípios vizinhos. Suas 20 ruas são totalmente asfaltadas e iluminadas. O lixo recolhido 3 vezes por semana e é levado para o aterro sanitário próprio. O esgoto é 100% coletado e tratado em sistema de lagoa.

Na área da saúde, a Unidade Básica foi construída para ser um hospital, mas como a autorização não saiu, o prédio ficou para o atendimento primário. Ampla e bem equipada funciona até as 22 horas, com atendimento médico, psicológico, dentário e fisioterápico feito em três períodos. O Programa de Saúde da Família está estruturado para atender uma população de 5 mil habitantes. É tudo reserva estratégica, diz o prefeito.

A reserva também que acontece na área da educação. A creche escola que está em construção tem capacidade para atender 150 crianças, mas a demanda hoje é por 40 vagas. Um mesmo prédio atende a educação básica municipal, 1ª a 9ª séries, durante o dia, e ensino médio estadual, no período noturno. O ginásio de esportes, em construção, atenderá além dos alunos, toda a população, como acontece com a piscina municipal. Os cerca de 40 universitários de Trabiju têm transporte subsidiado pela prefeitura.

A cidade tem comércio muito pequeno, basicamente de alimentos, mas se orgulha dos 4 postos bancários que possui, da agência do correio, da lotérica e de suas empresas. Um moinho, que hoje produz ração animal, emprega 70 pessoas. O incubatório, que abastece de pintainhos diversas granjas da região, emprega 120 pessoas. A recicladora de sacos de café emprega outras 140. Não há desemprego. Os menos qualificados trabalham como rurícolas, mas com a tendência de mecanização da agricultura regional, estão sendo capacitados. Uma nova indústria está prestes a se instalar na cidade. Uma fábrica de peças para motocicletas, com mais 50 vagas. Quatro indústrias para uma cidade tão pequena é indicativo de qualidade de vida para todos.

Os portões e janelas abertas das casas são demonstração da segurança na cidade que possui polícia militar e civil. O índice de criminalidade é tão baixo que na última distribuição de equipamentos o secretário de segurança do estado brincou com o prefeito dizendo que ele não precisava de mais uma viatura para Tabiju.
As janelas e os portões abertos das casas refletem a segurança de Trabiju, que possui polícias civil e militar.

O índice de criminalidade é tão baixo que na última distribuição de equipamentos o Secretário e Segurança do Estado brincou com o prefeito dizendo que não seria necessária mais uma viatura para a cidade.
Ao caminhar pela cidade o som que se escuta é o de pássaros. Dentro da área urbana uma propriedade particular mantém uma mata nativa que atrai diversas espécies de aves. Tudo acontece sem pressa: as crianças brincando na rua, as mulheres varrendo as calçadas, os homens indo e vindo do trabalho. A tranqüilidade só é quebrada no carnaval. Há 5 anos um baile ao ar livre para a população , com carros alegóricos de fundo de quintal, fez tanto sucesso que virou mania na região. No último carnaval a cidade recebeu cerca de 5 mil foliões.

O desafio é crescer com qualidade. A estrutura de Trabiju está pronta para uma população de até 10 mil moradores, “mas não precisa tanto”, diz o prefeito. O ritmo de crescimento populacional atual está de bom tamanho, de 1.441 em 2007 para 1.519 moradores hoje.

Dados

  • Propriedades: 61 sendo 3 até 200ha
  • Cana-de-açúcar: 3.348 ha
  • Braquiária: 968ha
  • Laranja: 221 ha
  • Gramas:93ha
  • Tangerina 66,3ha
  • Café:27,8ha

Fonte: Lupa 2007/08
Edição 93

Julho de 2009

ABAG/RP